sábado, 9 de maio de 2009



Stargate: Director's cut 7.7/10


Fui ver este filme com a disposição de contrariar as minhas expectativa de adolescente deste filme. Sabem, aquelas espectactivas que o enaltecem, da mesma forma que alguns velhotes elogiam Salazar, uma visão desfocada e embelezada pelo tempo? E assim o comecei a ver, aquele filme que aos dezasseis anitos parecia o máximo. Eram um daqueles que tinha na lista "para substituir VHS's bolorentas"...

A verdade é que senti muito daquilo o que me pareceu na altura. Muito do Oh! e muito do "grande ideia". Eu lembrava-me muito do filme, o que, no meu dicionário, significa ser um bom filme. Se o esqueci, provavelmente não é assim tão bom como isso. Mas mesmo assim, apesar daquele começo datado à transição dos oitenta para noventa, este filme é intemporal. Basta passar pelo portão das estrelas que o filme muda de tom, de cor e energia. Os efeitos visuais transformam, a partir deste ponto, uma história militar, numa história de ficção-fantasia, um planeta distante, exótico, fundado num mito tão grandioso como a nossa própria história enquanto humanos: a mitologia egípcia.
Assim, preenchendo a nossa mente com um novo imaginário esta é uma história visionária. É um filme que daqui a uns anos sem dúvida terá um remake apesar de não o precisar. Mas vai ser mais fácil para os putos aceitarem uma máquina fotográfica digital que uma reflex manual, com toda a tecnologia que rodeia os personagens...

É um filme de acção. Old school. Explosões, socos, porrada valente. Mas é muito mais que isso. Talvez tenha perdido uns pontos com o tempo, vícios da nova tecnologia, mas os ingredientes para uma história intemporal estão lá. Não é à toa que fizeram uma série inteira à volta dele. E este filme, por si só, vale 20 séries destas.

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